domingo, 23 de dezembro de 2012

Feliz Natal!





Que esse Natal não seja feito apenas de cores e comidas, luzes, prazeres e bebidas. Que haja partilha e esperança.
Que em nenhuma mesa falte pão, e em todos corações reine o amor.

domingo, 16 de setembro de 2012



Poesia é encontrar um violino sem cordas e perante a sua beleza alastrar versos em sinfonia.
Binho Rodrigues


Ontem
na tarde chuvosa
de um cinza sem par
um violino
soluçava triste
no 5º andar...


£una

quarta-feira, 1 de agosto de 2012



Não precisamos entender para gostar, ninguém sabe traduzir um violino.
Fernando Mato Grosso

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A lenda do beijo

Composição de Reveriano Soutullo e Juan Vert 




 

Sad Violin

sábado, 30 de junho de 2012

Piadinha



Um famoso violinista, depois de um concerto, dava autógrafos aos fãs. Uma hora parou:
- Este papel é muito pequeno. O que você quer que eu escreva aqui?
Outro violinista estava passando por perto e comentou:
- Que tal seu repertório?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Piadinha!



Por que os dedos de violinistas se parecem com raios?
- Nunca caem no mesmo lugar duas vezes.

segunda-feira, 25 de junho de 2012



Um violinista consegue finalmente a oportunidade de ser ouvido pelo grande maestro. Após tocar uma pequena peça, o músico pergunta ao maestro:
- Então que tal a execução?
O maestro pensa uns segundos e responde:
- Execução é um pouco exagerado, 20 anos me parece mais justo.

sábado, 23 de junho de 2012



Fritz Kreisler (1875-1962), violinista internacionalmente famoso, quis certa vez adquirir um violino que sabia ser de excelente qualidade, mas não tinha no momento o dinheiro exigido. Ele voltou mais tarde, mas o violino já havia sido vendido para alguém. Perguntou ao vendedor quem o adquirira. Em seguida, foi à procura do comprador, conversou com ele, mas o homem não queria vender o violino recém-adquirido. Então Kreisler, algo desanimado, pediu ao homem que pelo menos o deixasse tocar um pouquinho antes de ir embora. Tomou nas mãos o instrumento, fechou os olhos, e tocou tudo o que sabia. Quando acabou, o homem estava tão encantado que disse: “Sr. Kreisler, depois do que acabo de ouvir, eu não tenho o direito de guardar esse instrumento comigo. É seu, leve-o ao mundo inteiro e faça com que as pessoas ouçam o que eu ouvi agora"

O Violino de ouro



Mas quem nos dirá que
As alturas não pertencem a nós
Que somos fortes e vimos a
Verdadeira face da superioridade?


Dourado e refulgente à vista
O violino exulta seu belo som,
As agudas notas brilham
Tanto quanto a luz que
Resvala sob a tampa dourada.

Comparado a um instrumento
Tocado por milhares de eras
Por um deus hábil cada nota
Do violino é sorvida pelas
Mentes sutis.

Anuncia, ó, posteridade o
Diferenciado som de tua
Corda dourada, revela
A beleza nunca imaginada.


Seria a música o dote
Mais precioso que o ouro?
Será que este violino é
A música corporificada?



Wesley Souza de Oliveira

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Aula de música



O violino principiante
arranha a pele do dia.
Ó dura, lenta porfia
da mão, soletrando o arco.
Ó marinheiro hesitante
— difícil carpintaria —
na construção do teu barco.


Hélio Pellegrino

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O violino



Ao longe ela escuta
o som de um violino
e anda em direção
da música que toca ...
É a mesma emoção
sentida no passado,
ouvindo essa canção
junto de seu amado...

Mas de repente pára...
Controla o coração;
respira fundo e parte
em sua direção...
Se joga em seus braços,
se amam num abraço,
quem toca o violino
é sua grande paixão.



Carmen Lúcia Carvalho de Souza:

terça-feira, 19 de junho de 2012

Sons de violinos



Ao ouvir os acordes de uma música,
Tirados pelo arco de um violino,
Minh’alma eleva-se extasiada,
Pois se sente diante do divino!

Divino é o som do violino,
Que emociona nosso coração,
Faz noss’alma sentir-se leve,
Convida-nos a sentida oração!

Sons celestes, vozes angelicais,
Em suave harmonia, suave recital,
São as vozes de violinos a cantar,
Entoando hinos ao Senhor no Natal!


FatinhaMussato

Violino



Vem ser meu arco,
Meu dó maior,
O Si que não abarco
Na pauta da dor!

E na sinfonia da cor,
No azul do arco íris,
Saberei maior
A música que quis.

E subirei contigo
Uma escala brilhante
Numa valsa de amigo,
De amor ou de amante...

Quero ser teu violino,
Gemer em tua mão,
Soluçar um hino
Em forma de confissão!

E quando teus dedos
Solicitarem minhas cordas,
Serão os meus segredos
O que tu acordas!

E bem perto de teu rosto,
E bem perto de teu peito,
Arderei de fogo posto
Por tuas mãos e meu jeito.

E o que subirá no ar,
Resultado da combustão,
Será o que sobrar
Desta minha paixão!

Entranhar-se-á na tua pele,

Misturar-se-á contigo,
Numa fusão que sele
Teu prémio e meu castigo.

Vem tocar tua sinfonia
Em meu corpo que espera,
Em notas de alegria
Em ânsias de fera!

E verás, meu belo músico,
Que a música por ti tocada
É alegro em que fico,
Se bem executada!



Goretidias

segunda-feira, 18 de junho de 2012



O violino entre si há muitos mistérios, não é apenas o som expressado, mas há algo misterioso, uma incógnita. A música ajuda a liberar este fantástico instrumento que por sua vez ainda é oculto.
Marcos Nunes

Em violino fado




Ponho as mãos no teu corpo musical
Onde esperam os sons adormecidos.
Em silêncio começo, que pressente
A brusca irrupção do tom real.
E quando a alma ascendendo canta
Ao percorrer a escala dos sentidos,
Não mente a alma nem o corpo mente.
Não é por culpa nossa se a garganta
Enrouquece e se cala de repente
Em cruas dissonâncias, em rangidos
Exasperantes de acorde errado.

Se no silêncio em que a canção esmorece
Outro tom se insinua, recordado,
Não tarda que se extinga, emudece:
Não se consente em violino fado.

José Saramago



Uma mesa, uma cadeira, uma cesta de frutas e um violino; do que mais um homem precisa para ser feliz?


Albert Einstein

era a hesitação
dos violinos
que nos dava a leveza
de um sentimento novo
e começa a contagem
decrescente


mjoao



domingo, 6 de maio de 2012

O violino





Era uma tarde de Outono e eu atravessava o jardim, cansada, numa tentativa de encurtar o caminho a percorrer.
Quando vi o banco ali ao lado sentei-me. Estava ocupado mas pretendia parar apenas um pouco. Na outra ponta, um homem que podia passar despercebido, de idade indefinida, era a figura representativa da solidão: ligeiramente curvado, olhos postos no canteiro desinteressante em frente, mãos no vazio, cruzadas uma na outra e cotovelos pousados nos joelhos, parecia estar a posar para um escultor de cansaços?
Quando me sentei virou os olhos para mim, fez um aceno e continuou como se não me visse. E penso que assim teria continuado se não tivesse passado por acaso uma mulher com uma criança pela mão que transportava uma maleta de violino. Talvez a criança fosse a um aula de música.
? É um violino, disse ele.
? Acho que sim, respondi.
? É uma criança com sorte, acrescentou.
? Deve ser, disse constrangida sem saber onde queria chegar.
Foi então que ele começou a falar, numa voz quase sem inflexão, num timbre grave, e distante, os olhos sempre pousados no canteiro em frente.
Contou-me como, na infância, sempre tinha desejado aprender a tocar violino, de como passava horas debaixo da janela de um senhor que tocava violino, a ouvi-lo ensaiar. O som do violino, disse ele, era como se chorasse em vez de mim. E eu só pensava que se eu pudesse tocar violino podia fazer sair uma tristeza que sentia e que não sabia bem o que era. Preferia aprender violino a andar na escola. Mas não podia ser. Nós nem vivíamos mal, embora com algumas dificuldades, dinheiro contado, como se dizia; além disso não era costume alguém ir estudar violino que, apesar de tudo, era um instrumento caro. Eu, sempre que podia, falava disso à minha mãe, de como queria ter um violino. Andava então na escola primária e devo dizer que não gostava lá muito da professora nem das intermináveis cópias que ela nos mandava fazer. Assim não trazia muitos bons resultados no caderno nem nas mensagens mandadas para casa. Um dia a minha mãe disse-me que ia ver se me arranjava um violino se eu me portasse melhor? E no dia dos meus anos ela apresentou-me a minha prenda. Eu vi que ela estava ansiosa que abrisse, e na expectativa. Peguei no embrulho e o meu coração saltou? era a forma de um violino. Abri-o, nervoso, rasgando o papel. Estava ali um violino, em plástico, azul, e cordas de arame. O arco vinha junto e quando tentei tocar fazia um miado quase sem som. A minha mãe, que devia ter feito alguns serões para juntar dinheiro para a minha prenda, perguntou-me baixinho se tinha gostado. Disse que sim abanando a cabeça. Então, com aquele objecto inútil nas mãos, que parecia estar a rir-se de mim e daquilo que eu tanto desejara, compreendi que tinham acabado de enterrar vivo aquele meu sonho. Toda a minha vida tenho enterrado sonhos vivos e penso que comecei com aquele violino que não chegou a ser, e olhava para mim cheio de troça? Quando terminou, não se moveu, continuou a olhar o jardim. Que pena, disse eu. Mas não me respondeu e só acenou ligeiramente quando me levantei e disse boa tarde. Regressei, a pensar como pode ser perigoso para um sonho e, mesmo um projecto, a mentira que, fingindo que é, pode impedir o acesso ao que deveria ser.

Angelina Carvalho

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012