sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ao som dos violinos


Chora violino intransigente
o arco te acarinha os tendões
as cordas de minhas emoções
tocam contigo, indulgentes

Toca lá, meu arguto amigo,
solta tua voz tão afinada
vai buscar-me a doce amada
trazei-mo-la nas notas contigo

Afastai-me do peito a agonia
da saudade que me dilacera
fazei-me real esta utopia

Afastai de mim atroz quimera
que devora-me noite após dia
esta ânsia que em mim se encerra.

Jorge Linhaça

Gemido de Violino




Uma lágrima se solta ... sem ventos, sem
brisas ... se volatiliza num gemido de violino!
Dormes. Por dentro da luz ténue de silêncios
finos, silenciados na concha tumular que cobre
todas as pedras desalinhadas da calçada.

Hoje caminho na Avenida. Piso a passos precisos
os trilhos por onde tantas vezes viajaste
sózinho dentro de mim. E sozinho em ti,
perdido num labirinto. A nebulosa esmaecida
teima em perpetuar-se à minha frente.
Persistente, a lágrima cristalizada se solta,
rola extemporânea. Avança, morde e beija a boca.
Tem o sabor salgado da Saudade e, contudo,
liberta, traz-me de regresso à realidade.

Refulgentes, os raios iluminados da manhã,
traçam nos paralelepípedos novos desenhos
constelados. Das ruas pardacentas,
aos poucos, a espasmos, a Primavera brota.
Estrangula o vazio e a melancolia nostálgica.
Emerge em sons. Eternas sintonias Genésicas.
Na igreja em frente, toca o sino.
As ruas recobrem-se, serenas, com as cores
brancas do Seu manto Divino.


( Desconheço o autor)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013




“Se você toca o violino, posso descobrir quem é você.”

Daja Yavasharian



Não precisamos entender para gostar, ninguém sabe traduzir um violino.

Fernando Mato Grosso



Eu choro baixo... Ela violino...

M. M. Soriano