domingo, 17 de outubro de 2010

O violino de uma corda só





















Era uma vez um grande violinista chamado Paganini. Alguns diziam que ele era muito estranho. Outros, que era sobrenatural. Ninguém queria perder a oportunidade de ver seu espetáculo.

Numa certa noite, o palco, repleto de admiradores, estava preparado para recebê-lo. A orquestra entrou e foi aplaudida, o maestro, ovacionado. Mas quando Paganini entrou, o público delirou. Paganini coloca o violino no ombro e o que se segue é indescritível.
De repente, um som estranho interrompe o devaneio da platéia. Uma das cordas do violino arrebenta. O maestro parou. A orquestra parou. Mas Paganini continuava a tirar sons deliciosos de um violino com problemas. O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.

Quando tudo parecia bem, outra corda quebra. Todos param novamente, menos Paganini, que continua a tirar sons maravilhosos. Empolgados, todos voltam a tocar.

Mas outro som perturbador ecoa no auditório. Mais uma corda. Todos param novamente. Mas Paganini não pára. Como se nada tivesse acontecido, ele esquece as dificuldades e avança tirando sons do impossível. O maestro e a orquestra impressionados, voltam a tocar.

O público parte do silêncio para a euforia, da inércia para o delírio. Paganini atinge a glória. Seu nome corre através do tempo. Ele não é apenas um violinista genial. É o símbolo do profissional diante do impossível.

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